Envelhecer bem e gastar mal: o desafio financeiro dos brasileiros

No Brasil, cada vez mais pessoas querem envelhecer bem e gastar mal, mas ainda enfrentam desafios para equilibrar sonhos, renda e planejamento financeiro.

Você já parou pra pensar em como o brasileiro anda cuidando do futuro? Pois é… segundo o mais recente Indicador de Longevidade Pessoal (ILP), feito pela Edelman para o Grupo Bradesco Seguros, o assunto “envelhecer bem” está em alta — mas o bolso ainda não acompanha esse sonho.

A pesquisa, feita com 4.400 brasileiros em todas as regiões do país, mostrou que 83% encaram o envelhecimento com naturalidade e leveza. E mais: 84% consideram a longevidade uma prioridade.
Mas quando o assunto é dinheiro, a conversa muda de tom: 66% dos entrevistados afirmaram não ter reserva financeira para a aposentadoria.

Ou seja, a gente quer viver bem e por mais tempo, mas ainda não se prepara financeiramente pra isso.

Casal da terceira idade fazendo planejamento financeiro para aposentadoria.



Os jovens gastam mais do que ganham — e os mais velhos aprendem com o tempo

Um dado curioso (e preocupante) do levantamento é a diferença de comportamento financeiro entre gerações. Entre os mais jovens, de 18 a 29 anos, 55% gastam acima da renda. Já entre quem tem 50 anos ou mais, esse número cai para 34%.

Além disso, o hábito de poupar aumenta com a idade:

  • 41% das pessoas com 50 anos ou mais possuem algum fundo ou reserva;
  • enquanto apenas 31% dos jovens entre 18 e 29 anos têm esse costume.

Aí vem o alerta: a disparidade financeira entre gerações está crescendo, e isso mostra que o planejamento de longo prazo ainda é um grande desafio no Brasil.


Por que estamos vivendo mais, mas poupando menos?

O Brasil está envelhecendo — e isso é uma boa notícia! A expectativa de vida aumentou, os cuidados com saúde melhoraram, e o acesso à informação nunca foi tão fácil.
Mas quando olhamos para as finanças, percebemos um contraste: vivemos mais, mas poupamos menos.

A explicação pode estar em vários fatores:

  • A pressão do consumo imediato (principalmente entre os jovens);
  • A falta de educação financeira nas escolas e em casa;
  • E até o otimismo cultural, que faz com que muitos acreditem que “vai dar tudo certo no fim”.

Só que, como mostram os dados, o futuro não se resolve sozinho. Envelhecer bem exige planejamento, disciplina e bons hábitos desde cedo.


Planejamento financeiro e longevidade andam de mãos dadas

A pesquisa também revelou como a preparação financeira impacta na percepção da longevidade.
Segundo o estudo, 45% dos respondentes demonstraram forte dedicação às suas metas financeiras, e outros 32% se esforçam parcialmente.
Mesmo assim, 1 em cada 4 brasileiros ainda não tem comprometimento real com suas metas de longo prazo.

Entre os adultos de 30 a 49 anos, 64% afirmam não possuir reserva para o futuro.
Ou seja: boa parte da população está no auge da vida produtiva, mas ainda sem estrutura financeira para o amanhã.

E tem mais:

  • No Rio de Janeiro, 49% das pessoas dizem que possuem metas de longo prazo — um dado acima da média nacional.
  • Já em Pernambuco, 93% afirmam conhecer o tema da longevidade, mas só 30% têm reserva financeira.
  • No Rio Grande do Sul, 71% têm dívidas, e apenas 36% se sentem seguros para pagá-las.

Esses dados mostram que o conhecimento sobre finanças não é o problema — o desafio é transformar informação em hábito.


“Envelhecer bem” vai além da genética: é sobre escolhas diárias

Como destacou Alexandre Nogueira, diretor de marketing do Grupo Bradesco Seguros,

“Sabemos que longevidade vai muito além da genética. Depende, sobretudo, das escolhas que fazemos ao longo da vida.”

E ele está certo.
Envelhecer bem é um processo que envolve equilíbrio físico, mental, social e ambiental.
Mas o planejamento financeiro é o que dá sustentação a todos esses pilares — afinal, cuidar da saúde e manter o bem-estar exigem estabilidade econômica.

Homem idoso segurando o relógio, nunca é tarde para planejar financeiramente para viver com dignidade



O papel da educação financeira desde cedo

O levantamento reforça uma verdade que muita gente já sente na pele: falar de dinheiro ainda é tabu no Brasil.
A educação financeira, muitas vezes, chega tarde — só depois das dívidas, dos imprevistos ou do susto de perceber que o tempo passou e o dinheiro não sobrou.

Mas quanto mais cedo a gente entende o valor de guardar, investir e planejar, mais fácil fica envelhecer com tranquilidade.
Pequenas atitudes, como anotar gastos, montar uma reserva de emergência e evitar dívidas caras, fazem uma diferença enorme lá na frente.

Se você quer dar o primeiro passo nesse aprendizado, vale a pena conferir o artigo Educação Financeira: domine suas finanças pessoais, com dicas práticas para transformar sua relação com o dinheiro e construir uma vida financeira equilibrada.


Um retrato do Brasil que quer se planejar

O ILP analisou dados em 10 estados brasileiros — Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo — e mostrou que, apesar das diferenças regionais, a preocupação com o futuro é geral.

O que muda é como cada região lida com o dinheiro.
Enquanto alguns estados já mostram avanços em planejamento e metas financeiras, outros ainda enfrentam níveis altos de endividamento.

No entanto, a tendência é positiva: o brasileiro quer envelhecer bem — e, aos poucos, está entendendo que isso depende de organização financeira.


Como se preparar para envelhecer bem (e gastar melhor)

Vamos combinar: não adianta querer viver 90 anos se o dinheiro acaba aos 60, né?

Então, aqui vão 5 passos práticos pra quem quer melhorar a relação com o dinheiro e garantir um futuro tranquilo:

  1. Comece com o que tem — mesmo que seja pouco, o importante é começar a guardar.
  2. Monte uma reserva de emergência — ela evita que você se endivide em imprevistos.
  3. Defina metas de longo prazo — pense na aposentadoria como um projeto de vida.
  4. Invista com regularidade — não precisa ser muito, mas precisa ser sempre.
  5. Eduque-se financeiramente — leia, assista, aprenda e compartilhe o que descobrir.

Essas atitudes simples ajudam a transformar o “gastar mal” em “gastar com consciência”.


Conclusão: viver bem é também planejar bem

O brasileiro quer envelhecer bem, e isso é ótimo.
Mas ainda falta aprender a gastar com propósito, planejar com disciplina e pensar no futuro com mais carinho.

Afinal, envelhecer bem e gastar mal é uma contradição que o país precisa superar — e isso começa nas pequenas decisões de hoje.

Como resume Nogueira:

“O principal desafio está em transformar informação em hábito, integrando prevenção, propósito e planejamento financeiro desde a juventude.”

Aviso Importante: Este artigo tem caráter informativo e educativo. Não representa recomendação de investimentos ou aconselhamento financeiro personalizado.


FAQ — Envelhecer bem e gastar mal

O que significa “envelhecer bem e gastar mal”?

expressão “envelhecer bem e gastar mal” mostra a contradição de muitos brasileiros que se preocupam com a saúde e a longevidade, mas não cuidam das finanças. Ou seja, querem viver mais e melhor, porém sem o mesmo cuidado em planejar o futuro financeiro.

Por que os brasileiros ainda têm dificuldade em se planejar financeiramente?

Falta de educação financeira, alto custo de vida e consumo imediato são alguns dos motivos. Muita gente ainda não tem o hábito de guardar dinheiro e acaba gastando mais do que ganha — o que torna difícil envelhecer bem e com segurança financeira.

Como posso começar a me planejar para envelhecer bem?

Comece com passos simples: anote seus gastos, monte uma reserva de emergência, evite dívidas caras e defina metas de longo prazo. O segredo é transformar pequenas ações em hábitos diários que garantam uma vida tranquila no futuro.

É possível mudar hábitos financeiros mesmo depois dos 50 anos?

Com certeza! Nunca é tarde para organizar as finanças. Reavaliar despesas, renegociar dívidas e começar a investir, mesmo que pouco, pode fazer uma grande diferença na qualidade de vida ao envelhecer.

Qual o papel da educação financeira na longevidade?

A educação financeira é fundamental para viver mais e melhor. Ela ajuda a tomar decisões conscientes, evita o endividamento e cria segurança para aproveitar a vida com mais liberdade e menos preocupações.

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Eduardo Santos

É economista e analista de sistemas com ampla experiência no mercado financeiro. Com uma sólida formação acadêmica em economia e expertise em tecnologia, dedica-se a compartilhar conteúdo estratégico e educativo sobre investimentos. Seu objetivo é proporcionar uma abordagem clara e fundamentada para tomar decisões financeiras mais assertivas e confiantes.

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As informações deste blog são apenas para fins educativos e não constituem aconselhamento financeiro. O autor não se responsabiliza por decisões tomadas com base no conteúdo. Recomenda-se consultar um profissional qualificado antes de agir, pois investimentos envolvem riscos e resultados passados não garantem retornos futuros.

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