Quanto guardar para aposentadoria: Fórmula por idade e dicas

Você já parou para pensar quanto guardar para aposentadoria em cada fase da sua vida? Muita gente só começa a se preocupar com isso perto dos 50 anos, mas a verdade é que existe uma fórmula simples (e comprovada) que mostra se você está no caminho certo — ou se está atrasado no seu planejamento financeiro. Neste artigo, vamos te mostrar um passo a passo fácil para entender se você está guardando o suficiente para o futuro e o que fazer caso precise correr atrás do tempo perdido.

Essa fórmula foi criada pela Fidelity, uma das maiores gestoras de investimento do mundo, que administra mais de 12 trilhões de dólares. E o mais legal é que essa fórmula se tornou uma referência mundial para quem está buscando se planejar financeiramente para o futuro.

Mesa de trabalho organizada com caderno e planilha de aposentadoria, ilustrando um plano de investimento detalhado.


A fórmula da Fidelity: Quanto guardar de acordo com sua idade

A Fidelity desenvolveu um estudo que traz diretrizes claras para ajudar você a entender se está guardando dinheiro suficiente para sua aposentadoria. A principal conclusão desse estudo é que, para estar no caminho certo, você precisa ter guardado um múltiplo do seu custo de vida anual em diferentes idades.

Aqui estão as diretrizes que a Fidelity recomenda:

  • Aos 30 anos: Guarde 1 vez o seu custo de vida anual
  • Aos 40 anos: Guarde 3 vezes o seu custo de vida anual
  • Aos 50 anos: Guarde 6 vezes o seu custo de vida anual
  • Aos 60 anos: Guarde 8 vezes o seu custo de vida anual
  • Aos 67 anos: Guarde 10 vezes o seu custo de vida anual


Vamos ver um exemplo prático com um salário de R$ 3.000

Vamos imaginar que o seu custo de vida mensal seja de R$ 3.000. Se você estiver nessa faixa de salário, é só seguir o cálculo abaixo para entender quanto deveria ter guardado ao longo dos anos.

  • Aos 30 anos: Você deveria ter R$ 36.000, ou seja, 1 vez o seu custo de vida anual (R$ 3.000 x 12 meses = R$ 36.000).
  • Aos 35 anos: Você deveria ter R$ 72.000 (2 vezes o custo de vida anual).
  • Aos 40 anos: R$ 108.000.
  • Aos 45 anos: R$ 144.000.
  • Aos 50 anos: R$ 216.000.
  • Aos 55 anos: R$ 252.000.
  • Aos 60 anos: R$ 288.000.
  • Aos 67 anos: R$ 360.000.


Como chegar lá: O papel dos juros compostos

Agora, a grande questão é: como você pode atingir esses números? A resposta está nos juros compostos. Imagine que, ao longo dos anos, você consiga investir 15% do que ganha todo mês. Por exemplo, se o seu salário é R$ 3.000, você deve aplicar R$ 450 mensalmente (15% de R$ 3.000).

Com uma taxa de rendimento de 12% ao ano (algo bem possível com investimentos inteligentes), o seu patrimônio vai crescer graças aos juros compostos.

Vamos ver isso em números:

  • Aos 30 anos: Se você começar a investir R$ 450 mensais a partir dos 25 anos, ao atingir os 30 anos, seu saldo já pode chegar perto de R$ 36.000.
  • Aos 35 anos: Com um pouco mais de tempo de investimento, você deveria alcançar R$ 72.000.
  • Aos 40 anos: O valor vai se acumulando e aos 40 anos, você pode chegar em R$ 108.000.


E se você não chegou lá ainda? O que fazer?

Agora, a realidade é que muitos de nós não seguimos esse plano desde os 25 anos. Se você tem 35, 40 ou até 50 anos e não tem o valor recomendado, não se desespere! Tem como corrigir a rota. Para isso, você pode:

  1. Aumentar a porcentagem que você está poupando. Se você estava poupando 15%, pode tentar aumentar para 20% ou até 30%.
  2. Investir mais agressivamente. Aumente seu retorno financeiro, buscando investimentos que tragam maior rentabilidade (obviamente com o risco controlado).
  3. Aumentar sua capacidade de ganhar dinheiro. Sim, aumentar a sua renda também é fundamental. Tente buscar novas fontes de receita, seja com trabalhos extras ou até com investimentos inteligentes para iniciantes ou qualificação profissional..


Um exemplo: Como acelerar o processo

Imagina que você tem 40 anos e não tem os R$ 108.000 que deveria ter guardado até essa idade. Vamos ver o que você pode fazer:

  • Aumento de contribuição: Se você começar a poupar R$ 900 por mês (cerca de 30% do seu salário), o seu saldo já pode crescer consideravelmente. Ao longo de 5 anos, você vai conseguir chegar a R$ 73.000 e, aos 50 anos, esse número pode chegar a R$ 202.000.
  • Investimentos mais rentáveis: Com o aumento da sua contribuição e de uma estratégia de investimentos mais agressiva, você pode alcançar os valores sugeridos pelo estudo da Fidelity.


Como funciona a retirada quando você se aposentar?

Agora, o mais interessante: quando você se aposentar, como vai retirar esse dinheiro?

O estudo da Fidelity sugere que você pode fazer retiradas mensais. Por exemplo, se você acumulou R$ 360.000 aos 67 anos, poderia retirar R$ 3.000 por mês, ajustado pela inflação.

Mas atenção: se você quiser viver de renda passiva, ou seja, retirar apenas o rendimento do seu patrimônio e não mexer no capital, é necessário acumular mais dinheiro.

Uma forma de garantir que o seu dinheiro nunca acabe é aplicar o conceito de liberdade financeira. Isso significa calcular o patrimônio necessário para que ele gere rendimentos suficientes para cobrir o seu custo de vida, sem que você precise fazer retiradas do valor principal.


O modelo da liberdade financeira

A liberdade financeira é um conceito poderoso. Ao invés de se preocupar apenas com quanto você deve acumular de acordo com a sua idade, você pode focar no quanto precisa para viver de renda.

Por exemplo, se o seu custo de vida anual é R$ 36.000, e você tem uma rentabilidade de 7% ao ano (considerando a inflação), você vai precisar acumular cerca de R$ 515.000 para viver de forma confortável com R$ 3.000 por mês.

Esse valor vai gerar rendimento passivo, cobrindo suas despesas mensais sem que você precise tocar no principal. Isso te dá a tranquilidade de viver sem preocupações financeiras a longo prazo.

Pessoa idosa aproveitando a aposentadoria com tranquilidade, refletindo o sucesso do planejamento financeiro de longo prazo.


O que fazer agora?

Se você ainda não tem a quantidade necessária de dinheiro para a aposentadoria, não se desespere. O importante é que você comece agora. Comece a investir, crie um plano de aposentadoria, e reveja seus gastos. Não é tarde para mudar sua trajetória financeira e garantir um futuro tranquilo.


Conclusão

Agora você sabe que existe uma fórmula simples e eficaz para calcular quanto você deveria ter guardado de acordo com sua idade. E mais: se você está atrasado, ainda há tempo de se recuperar. O importante é começar, aumentar sua capacidade de poupança e fazer o dinheiro trabalhar a seu favor.

Se ainda não sabe por onde começar, confira este guia prático de orçamento pessoal simplificado e aprenda a organizar suas finanças do zero.


FAQ – Quanto guardar para aposentadoria

Quanto devo guardar para aposentadoria?

O ideal é acumular um múltiplo do seu custo de vida anual: 1x aos 30 anos, 3x aos 40, 6x aos 50, 8x aos 60 e 10x aos 67, segundo a fórmula da Fidelity.

O que fazer se estou atrasado no planejamento da aposentadoria?

Aumente a porcentagem de poupança, invista em opções com maior rendimento e busque aumentar sua renda para recuperar o tempo perdido.

Como os juros compostos ajudam na aposentadoria?

Os juros compostos fazem o dinheiro investido crescer exponencialmente ao longo do tempo, potencializando o patrimônio acumulado para a aposentadoria.

O que é liberdade financeira na aposentadoria?

Liberdade financeira é quando você acumula patrimônio suficiente para viver apenas dos rendimentos dos seus investimentos, sem precisar mexer no capital principal.

As informações apresentadas neste artigo são de caráter educativo e não constituem aconselhamento financeiro profissional. Cada pessoa possui uma situação financeira única, e é recomendável consultar um especialista antes de tomar decisões de investimento ou planejamento para aposentadoria. Os resultados podem variar conforme o perfil do investidor, o mercado financeiro e outras variáveis econômicas.

Se ainda tem dúvidas ou quer saber mais sobre como melhorar sua situação financeira, deixe seu comentário! Vamos conversar sobre como você pode começar a aplicar esses conceitos na sua vida agora mesmo.

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Eduardo Santos

É economista e analista de sistemas com ampla experiência no mercado financeiro. Com uma sólida formação acadêmica em economia e expertise em tecnologia, dedica-se a compartilhar conteúdo estratégico e educativo sobre investimentos. Seu objetivo é proporcionar uma abordagem clara e fundamentada para tomar decisões financeiras mais assertivas e confiantes.

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As informações deste blog são apenas para fins educativos e não constituem aconselhamento financeiro. O autor não se responsabiliza por decisões tomadas com base no conteúdo. Recomenda-se consultar um profissional qualificado antes de agir, pois investimentos envolvem riscos e resultados passados não garantem retornos futuros.

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