VGHF11: Vale a pena investir nesse fundo imobiliário em 2025?

Se você chegou até aqui querendo saber se o VGHF11 vale a pena investir, então pega um café e senta aí porque vamos bater um papo direto e sem enrolação sobre esse fundo imobiliário que vem chamando atenção.

No relatório gerencial mais recente, divulgado no dia 22 de agosto de 2025, o VGHF11 Valora investimentos revelou tudo o que rolou no mês de julho. E olha, tem bastante coisa pra analisar!

Investidor analisando documentos financeiros do VGHF11 com gráficos e uma xícara de café sobre a mesa.



📊 Cotação atual e desconto atrativo

O VGHF11 está sendo negociado por R$7,67, com um deságio de 10% em relação ao seu valor patrimonial (P/VP de 0,90). O preço justo, segundo o relatório, seria R$8,50.

Ou seja, o fundo está “barato” em relação ao seu valor real. Isso já liga o alerta para quem gosta de comprar oportunidades no mercado.


💰 Dividendos: ainda estão pagando bem?

O fundo manteve a distribuição de R$0,09 por cota em julho de 2025, o que representa um Dividend Yield (DY) de 14,14% ao ano — mais de 1% ao mês. Nada mal, hein?

📌 Importante: o rendimento foi maior do que o lucro gerado no mês, o que obrigou o fundo a usar parte do resultado acumulado para manter esse valor. Ainda sobrou um colchão de R$2,1 milhões (R$0,01 por cota), então dá pra manter esse nível por mais algum tempo.


Expectativa para os próximos meses

Porém se a Selic começar a cair (o que muitos esperam até o fim de 2025), os fundos imobiliários tendem a se valorizar. Isso pode:

  • Gerar ganhos de capital;
  • Aumentar a distribuição de dividendos;
  • Valorizar o preço das cotas.

Então sim, há espaço para o rendimento subir para R$0,10 por cota, caso o cenário ajude.


Estratégia do fundo: renda vs valorização

O VGHF11 atua como um fundo multiestratégia (hedge fund), com dois tipos de carteira:

  1. Carteira Renda – Foca em CRIs e distribuição mensal;
  2. Carteira Valor – Busca valorização no médio/longo prazo.

Mudanças em julho de 2025:

  • Aumentou a carteira Valor para 43% do portfólio;
  • Reduziu a carteira Renda para 56,5%;
  • Investiu R$52,5 milhões no fundo Valora-FOF, da mesma gestora.

Esse movimento mostra uma tentativa de buscar mais valorização, mas com menos foco em geração de renda imediata. Vale o alerta aqui.


Pontos de atenção: concentração e conflitos

Apesar da diversificação do fundo, existe uma alta exposição ao grupo Helbor, com cerca de 10% do patrimônio investido em CRIs da mesma empresa. Isso é arriscado!

Essa concentração de risco é preocupante porque, caso o grupo Helbor enfrente dificuldades financeiras ou não consiga honrar seus compromissos, o impacto no VGHF11 pode ser significativo.

Afinal, 10% do patrimônio investido em um único devedor pode afetar diretamente os rendimentos do fundo, especialmente em um cenário de inadimplência. Portanto o ideal é que fundos imobiliários diversifiquem o risco entre vários devedores, o que não ocorre aqui.

Além disso, quase metade do patrimônio está em cotas de outros fundos (48,3%), tornando o VGHF11 cada vez mais parecido com um FOF (fundo de fundos).

Um fundo de fundos (FOF) é basicamente um fundo que investe em outros fundos imobiliários, em vez de investir diretamente em imóveis ou ativos como CRIs. Mas no caso do VGHF11, essa estratégia pode diminuir a rentabilidade gerada pelos CRIs, que tendem a oferecer um retorno mais alto.

Entanto ao investir em FOFs, o fundo se torna mais exposto a variáveis como o desempenho dos fundos nos quais investe, o que pode afetar a consistência dos dividendos pagos aos cotistas.

➡️ Isso reduz um pouco o potencial de retorno via CRIs, que costumam render mais.

Sala de reuniões com apresentação sobre a distribuição de ativos do fundo imobiliário VGHF11.


Distribuição atual dos ativos

Veja como está dividido o patrimônio do VGHF11 hoje:

Tipo de AtivoPercentual
Fundos Imobiliários48,3%
CRIs (Recebíveis)41%
SPEs (Projetos)9%
Ações1%
FITIX (Infraestrutura)0,7%

📌 O fundo já teve mais de 70% investido em CRIs. Agora, está mais voltado para FOFs, o que muda bastante seu perfil.


🧾 Receita e despesas: quanto entrou e quanto saiu?

Durante o mês de julho de 2025, o fundo teve:

  • Receita total: R$15,8 milhões
  • Despesas: R$1,72 milhão
  • Resultado líquido: R$14,1 milhões
  • Rendimento distribuído: R$14,8 milhões

A diferença de R$700 mil foi coberta com resultado acumulado, como falamos acima.


Gestão: pontos positivos e negativos

Pontos positivos:

✅ Alta liquidez (média diária de R$2,5 milhões)
✅ Pagamento consistente de dividendos
✅ Gestão ativa com movimentações mensais
✅ Potencial de valorização se a Selic cair

Pontos de atenção:

⚠️ Alta concentração em um único devedor (Helbor)
⚠️ Quase metade do fundo investido em outros FIIs
⚠️ Redução na exposição ao CDI, mesmo com a Selic alta
⚠️ Risco de conflito de interesse ao investir em fundos da própria gestora


🤔 Então… VGHF11 vale a pena investir?

A resposta é: depende do seu perfil de investidor.

Então, VGHF11 vale a pena? Para quem busca renda passiva constante, pode ser uma boa oportunidade. Mas, se você deseja entender mais sobre os fundos imobiliários e como escolher o melhor para seu perfil de investidor, confira o nosso guia completo sobre como investir em FIIs.

Porém, se você é um investidor que preza por maior segurança e diversificação real, talvez prefira explorar outros fundos com foco mais concentrado em CRIs, que tendem a ser mais previsíveis e menos volúveis.

Para aqueles que têm perfil mais arrojado e aceitam os riscos da concentração e das mudanças estratégicas, o fundo pode representar uma boa oportunidade, mas especialmente considerando seu preço abaixo do valor patrimonial.

Pode ser uma boa oportunidade entrar agora, com o fundo negociando abaixo do valor patrimonial.

🚨 Mas se você prefere mais segurança e diversificação real, talvez valha a pena olhar outros FIIs com foco maior em CRIs e menos em FOFs.

Investidor refletindo sobre gráficos financeiros e a oportunidade de investir no fundo imobiliário VGHF11.


📢 Conclusão

O VGHF11 é um fundo interessante, com boas distribuições mensais e potencial de valorização. Porém, é preciso atenção à sua nova postura mais voltada para cotas de outros fundos e à concentração de risco em alguns devedores.

Dica final: sempre leia o relatório gerencial completo, veja os detalhes das posições e entenda se o fundo combina com seus objetivos.

E aí, o que você acha?

Você acha que o VGHF11 vale a pena investir agora? Gosta da nova estratégia do fundo? Acha que ele vai manter os R$0,09 por cota ou tem potencial para mais?

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Aviso Importante: As informações contidas neste artigo são de caráter exclusivamente informativo e não devem ser interpretadas como recomendação de compra ou venda de ativos financeiros. Pois o conteúdo apresentado reflete a opinião do autor, com base em análises do mercado e dados disponíveis até a data de publicação.

Os investimentos em fundos imobiliários, como o VGHF11, envolvem riscos, e os resultados passados não garantem desempenho futuro. Portanto é recomendável que o leitor consulte um assessor financeiro qualificado antes de tomar qualquer decisão de investimento, levando em consideração seu perfil de risco e objetivos financeiros pessoais.

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Eduardo Santos

É economista e analista de sistemas com ampla experiência no mercado financeiro. Com uma sólida formação acadêmica em economia e expertise em tecnologia, dedica-se a compartilhar conteúdo estratégico e educativo sobre investimentos. Seu objetivo é proporcionar uma abordagem clara e fundamentada para tomar decisões financeiras mais assertivas e confiantes.

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As informações deste blog são apenas para fins educativos e não constituem aconselhamento financeiro. O autor não se responsabiliza por decisões tomadas com base no conteúdo. Recomenda-se consultar um profissional qualificado antes de agir, pois investimentos envolvem riscos e resultados passados não garantem retornos futuros.

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